segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Guiando o progresso - texto ordenado

Assim como o homem está constantemente envolvidos em guerras civis que visam à reformulação de fronteiras, ele igualmente se empenha em abolir fronteiras do conhecimento, ultrapassando as barreiras da ciência, da astronomia e da tecnologia.
Ao descobrir novos planetas, efetivar a cura de doenças e elaborar novos utensílios tecnológicos- essenciais à vida humana ou não- o homem se sente poderoso pois avança em territórios ainda inexplorados. Quebrar essas barreiras invisíveis tem sido praticamente um passatempo para o homem moderno, que se sente cada vez mais onipotente e necessitado de novas descobertas para atingir sua plenitude.
A população, porém, iludida pelo aparente progresso mundial, acaba aplaudindo muitos remédios novos que os realmente necessitados jamais poderão comprar.
A sociedade falha no seu papel de refletir sobre a ultrapassagem de tantas fronteiras do conhecimento. Afinal, se tamanho progresso fosso fato, cada uma das descobertas tanto cientificas quanto tecnológicas serviria, de alguma maneira, para auxiliar a vida humana em geral, e não para pertencer apenas à classe média e alta.
Nota-se, evidentemente, a falta de um verdadeiro porquê na quebra de barreiras. O mundo parece viver, hoje, um parnasianismo em seu grau mais elevado no qual não só predomina o lema “a arte pela arte” como também a ciência pela ciência, a tecnologia pela tecnologia e, sobretudo, o progresso pelo progresso.
Se o homem voltasse a cultivar sua ética e moral, facilmente perceberia que todo o progresso deveria existir para servir à humanidade como um todo e, assim, poder vencer fronteiras solucionando os problemas que precisam ser solucionados, como a desigualdade social, para que novas fronteiras possam vir a ser devidamente ultrapassadas.
Cabe ao homem, então, tanto cientista quanto simples cidadão, guiar a abolição de fronteiras para um caminho que ofereça mais qualidade de vida à humanidade e não mais miséria e injustiça.